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Grande manifestação contra as medidas de austeridade do PSD/CDS/PP


Textos: Carlos Morgadinho

Fotos: http://www.jn.pt/multimedia/galeria.aspx?content_id=2800453

 

O Conselho Nacional da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses)  realizou uma grande manifestação  no passado dia 29 de Setembro, em Lisboa, denominada “Grande Jornada de Luta Nacional”  como tomada de posição contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, no novo Orçamento de Estado para o próximo ano, e que tem como principal objectivo o de "encher o Terreiro do Paço“ como nunca aconteceu”.

Pelas fotos publicadas por diversos sites na net,  onde recolhi algumas que anexo  abaixo,  parece-me que esta organização sindical ultrapassou as expectativas pois aquele vasto espaço citadino estava completamente lotado bem como as ruas adjacentes com a Rua Augusta, Áurea, Arsenal Avenida das Naus, Cais do Sodré e outras vias onde passavam, e se concentraram, muito povo que através de cartazes e palavras d'ordem mostravam o seu descontentamento contra os aumentos de impostos e do desemprego ao que parece uma exigência da Troika para balançar e solucionar a dívida externa e não só.

Segundo o seu secretário-geral, Arménio Carlos, “as novas medidas são um brutal ataque às condições de vida dos trabalhadores”, salientou em conferência de imprensa, considerando que “há um repúdio generalizado” e uma “voz unânime” dos trabalhadores da Função Pública, do Sector Empresarial do Estado e do Sector Privado sobre o pacote de medidas que integrará o Orçamento de Estado para 2013.

Aquele líder sindical apelidou as medidas anunciadas pelo Governo como “propostas miseráveis” e, apontando para a revisão da legislação laboral, acusando de estar em curso "um verdadeiro retrocesso nos direitos dos trabalhadores afirmando "Está em marcha uma colonização forçada do país" e que desta forma "os trabalhadores têm que sair para a rua". (dados retirados do site economia-público.pt).

Agora gostaria também de deixar a minha opinião embora não seja atingido por não viver em Portugal mas  que sinto, dentro das minhas entranhas, a preocupação e a angustia que todos, ou quase todos, os trabalhadores, desempregados, reformados, proprietários, comerciantes e industriais se debatem para se manterem de "pé" perante esta ofensiva do actual governo PSD-CDS/PP que estão a enfiar a crise pela goela abaixo dos portugueses.

Pelo que tenho sido elucidado pelas minhas pesquisas na net, ao passado, no tempo de eleições em Portugal, no ano transato, o actual primeiro-ministro, o senhor Pedro Passos Coelho, criticou e prometeu muita coisa, que depois de eleito fez totalmente o contrário, ou ignorou. Pergunto: - como líder então da oposição ao governo socialista do sr. José Sócrates, não sabia do que se passava, ou não participava, nos debates da Assembleia da República? Ou andaria apenas a fazer "turismo" por aquelas bandas? Como é que um chefe do partido de oposição não se inteira do que se passa na governação? Não tem esse partido de discutir durante as sessões plenárias os problemas ou as leis a ser votadas?

Por que razão, nestas situações (não me refiro só ao governo do PSD mas também ao Socialista) de, ao privatizar ou de abraçar parcerias calamitosas com o sector privado, não chame um plebiscito para o POVO PORTUGUÊS ter de concordar ou não com as propostas apresentadas? Vejam, como exemplo a Islândia, onde o povo "chumbou" o governo pela desastrosa administração e mais de 40 ministros, secretários, banqueiros, etc. foram acusados de parcialidade, compadrio, corrupção e outros crimes estando os processos em curso nos respetivos tribunais, não se sabendo, no entanto, dos seus resultados dado que a comunicação social parou totalmente, não sei a razão de tal, de dar noticias sobre esta pequenina nação do norte da Europa.

Consta-me no entanto que tem vindo  lentamente, desde que abriu falência há mais de dois anos, a recuperar a sua saúde financeira mas de resto...silêncio. Um autêntico "Blackout". E se Portugal, ou o seu POVO,  olhasse, com um microscópio, para a Islândia? Talvez aprendesse algo de útil para que os gestores dum possível novo governo na nossa pátria bem amada, hipoteticamente a ser formado, seguisse e implementasse essas regras!

Tenho um amigo em Portugal com o qual trocamos impressões sobre a crise e que recentemente me mandou este texto:
"...só que já há tantos desempregados que já se veem na rua. Vai ser muito complicado nos próximos tempos e não há 25 de Abril que nos valha. Temos que inventar outra coisa. Pode ser que o Sandy inunde as cavernas dos Servidores que comandam as finanças mundiais. Talvez com contas feitas a mão toda a gente se pudesse governar. Cair o governo? Nada. As TVs faziam um grande espetáculo, os políticos vinham todos com discursos, a gente regressa a casa e tudo fica na mesma..."

É isto, o que o meu amigo se expressou, que também comungo a cem por cento!

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